quinta-feira, 3 de julho de 2014

               Inaugurando o meu novo blog..... vou contar uma  história muito marcante na minha vida.


         Eu sou mineira, mas não conheço o estado pois meus pais se mudaram de lá para brasília quando eu tinha 2 anos de idade, éramos do interior. 
         Em um belo dia na grande capital, dois dias antes do meu aniversário de três anos, minha mãe decidiu fazer uma receita, acho que derivado de milho. Não me lembro o que era exatamente. No meio da receita minha mãe percebeu que estava faltando leite, e logo pediu para uma das minhas irmãs mais velha ir á padaria comprar o ingrediente. Comecei a pedir para ir com minha irmã, queria porque queria ir com ela, mas minha mãe não deixou.
        Quando vi que meus pais nem minhas irmãs prestava atenção em mim, aproveitei com a ajuda de uma cadeira para abrir a porta e sair despistada. 
         Na rua não sabia para onde ir... só sabia que queria encontrar minha irmã ou chegar na padaria. 
         Logicamente me perdi. Não achei minha irmã muito menos a padaria.
         Eu era bem loirinha,corte de cabelo tipo cogumelo, com olhos azuizinhos. No dia, quando "fugi" estava sem a blusa, somente com o short de um conjuntinho. Por essa descrição pode imaginar que parecia com um menininho. Andei muitas quadras. Fui até muito distante de casa. Fiz cocô na roupa... não sabia tirar a roupa para fazer minhas necessidades.
         Em um certo ponto, já um pouco cansada, em que andava mais próxima da parede das casas, me deparei com uns cinco cachorros do outro lado de um portão querendo avançar em mim, graças a Deus aquele portão os impediam. Me assustei, me distanciei, comecei a chorar.
         Um pouco mais a frente e do outro lado da rua, um senhor estava trabalhando no quintal de uma casa, presumo que seria um pedreiro, viu o meu desespero e me amparou. Não sabendo o que fazer, me levou até a casa de uma vizinha. Assim aquela adorável mulher me banhou e me alimentou... em seguida ligou para a delegacia para informar a situação. Um tempo depois uma viatura chegou e me levou.
         Eu era muito pequena, mas meus pais me fizeram decorar seus nomes, o telefone de casa e celular do meu pai. Na delegacia falei o que conseguia. Enquanto eles não conseguiam contatar meus pais, um dos policiais me levou para sua casa, onde sua esposa cuidou muito bem de mim e seus dois filhos me tratavam super bem. Não sei ao certo quanto tempo fiquei naquela casa, talvez um dia ou menos de um dia... 
         Emfim conseguiram falar com meus pais. e em um fim de tarde, na calçada sentada no colo da mulher que me acolheu como filha, vi meu pai chegando com sua combe, todo emocionado, chorando muito. Corri para seus braços. 
         Meus pais têm seis filhAs... Com muita dificuldade e dedicação nos criou sem nunca ter faltado nada... Na época meus pais falaram que o policial e sua esposa que me acolheram queria ficar comigo... Me queriam... Lógico que meus pais não me deram.... 
         Eu tenho um sentimento muito grande por essas pessoas, que com certeza são muito importantes na minha vida.
         
         No decorrer desse fato... não pense que meus pais ficaram parados. Mobilizaram todo o resto da minha família que morava em Brasília: Tios, primos, avô, avó, amigos e vizinhos. Todos na minha procura. Por esse acontecimento tenho um tio que me chama até hoje de fujona! rsrsrs....


Esse é um fato verídico. Contado por meus pais e muitas vezes... não sei se como lembrança... sonhei com isso... Montei o que me disseram com o que sempre sonhei e deu nisso! 

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